Amanda aos 5 anos pediu para aprender a tocar “vilolino” e a mãe,
estudante universitária de música a levou para ver uma orquestra juvenil e se decidisse de verdade se seria esse o instrumento escolhido, visto que tinha diversos instrumentos em casa, menos o violino
Amanda escolheu o “vilolino” com convicção e assim o seu instrumento foi comprado. Alinhado horário de aprendizado com professor também estudante da licenciatura na UFRJ, começou a estudar pelo método Suzuki.
Ao final do segundo ano já realizava apresentações, acompanhada da sua mãe ao piano. Na Escola de Música Villa-Lobos, Amanda começou a estudar na classe de musicalização e aos 7 anos conheceu todos os instrumentos da orquestra.
Aos 8 anos se identificou mais com o piano e optou por deixar o violino. Um dia verbalizou para a mamãe que não queria mais o violino e que queria se dedicar somente ao piano, para frustração da genitora.
A menina dizia que não entendia por que as pessoas gostavam mais do violino, se ela poderia tocar o piano que é bonito também. Amanda não entendia a complexidade do violino, somente ouvia seu coração.
A mãe ainda numa tentativa de reverter sua decisão falou:
- Minha filha, temos de 16 a 18 violinos numa orquestra e somente 1 piano, que a chance de tocar seria mais remota, pois haveria maior probabilidade se tocasse o violino do que o piano.
Amanda com 8 anos e muito segura de si falou:
- Mamãe eu fui feita para o piano!
- Ele está dentro de mim!
- Se eu for mesmo boa eu tocarei no único piano da orquestra!
- Aos 14 anos Amanda tocou com orquestra.
Eu aprendi que nunca devemos opinar quando a razão vem do coração.
E nesse caso, a criança teve razão!